quarta-feira, 2 de setembro de 2009

“Veja mais de perto”
Talvez a questão da educação seja um problema de anatomia

Aos que se preocupam com a qualidade da educação em São Paulo, saibam que parte dos problemas educacionais está na Anatomia. Não! Claro que não estou falando de forma metafórica, mas de maneira literal, mesmo. Ao que parece, a falta de conhecimento sobre anatomia humana têm levado os pedagogos a errôneas interpretações que culminam em graves erros de metodologia.

Parece que parte do erro se deve àquela velha expressão que diz “Veja mais de perto”. Pois bem, vendo mais de perto, não se consegue ver muita diferença entre um intestino delgado e um cérebro. Visto assim, tão de perto, apenas grandes especialistas são capazes de diferenciar um do outro, o que não é o caso dos pedagogos, já que Anatomia não é matéria que compõe a sua grade normal.

Tratar um como se o outro fosse tem gerado graves problemas de abordagem. O que serve para a educação de um não costuma servir para a educação outro. Para ilustrar essa proposição, recorro ao exemplo tão alardeado na mídia, o iogurte Activia, tão indicado para regular o intestino, é pouco eficaz em questões pedagógicas, o que leva a crer que os publicitários estão mais antenados nas questões de anatomia que os responsáveis pela educação no Estado de São Paulo.

O bom mesmo é definir muito bem o órgão envolvido na educação para concentrar todos os nossos esforços sobre ele. Somente assim evitaremos em sala de aula aquela velha pergunta, tão embaraçosa aos professores que estão começando a carreira, “Professor, posso ir ao banheiro?”.